quinta-feira, 15 de maio de 2008

É só a saudade que está pertubando meu sono. Diga lá, coração. Diga lá sua pele quente na minha pele. Diga lá seus pêlos, suas mãos, sua língua e um beijo teu na minha nuca. Eu me apaixonei por você depois daquele beijo na nuca. Foi tão fatal que deve ter atingindo meu cerebelo. Foi um beijo no cerebelo. Eu lembro. Aliás, eu vivo de lembranças. Ou revivo de saudades. Você me puxou para perto da sua boca, levantou os meus cabelos e revelou meu pescoço. Como é que eu posso esquecer disso? Deslocou a minha cabeça. Quebrou o meu pescoço como se degolasse uma galinha. E o meu corpo saiu andando, sem cabeça. Perdida por aí. Foi um beijo de amor, um beijo de morte, um beijo quente na nuca.






Texto retirado dos rascunhos de "O Nome da Rosa", escrito em 18/05/07

Obs. Aí Th, um velho texto inédito.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu acho que meu comentário anterior não foi. tsc.

Anônimo disse...

de novo.

esse texto claramente foi requentado no forno, sabor de pizza no dia seguinte. caso tivesse sido no microondas, teria sido desastroso.

aqui é um dos poucos vínculos com a literatura que ainda mantenho.

coloca mais à mesa =D

O Nome da Rosa disse...

sugestões para a pizza.