sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

[consigo apenas escrever sobre amor]


com um tiro só tirei a minha vida e a tua.










*Texto de TH.

15 comentários:

O Nome da Rosa disse...

Tive M*E*D*O dessa frase.

Anônimo disse...

qual frase que te deu medo? a entre colchetes, né? eu sabia.

anna, sobre o que tu disse, acho que desconhecia basicamente tudo eheh.

mas concordo sobre o realismo maravilhoso, do carpentier, ser mais negro que indígena. no prólogo, ele conta que escreveu 'o reino...' depois de assistir a um ritual vudu haitiano. ele também acusa o povo da europa de fazer masturbação estética, principalmente os surrealistas.

e a érica tem razão quanto à minha falta de aptidão pra cientista X)

Unknown disse...

Cientista político. ***

Bom esclarecer. haha

Unknown disse...

Acho que as duas frases me deram medo.

O Nome da Rosa disse...

É a Erica aí em cima, com outro login.

Anônimo disse...

(eu quase que só consigo escrever sobre política)

- e aí, já é ou já era?
- já é!
- então demorô...

Anônimo disse...

demorô para bailar.

érica, numa conversa comigo mesmo, tive uma revelação: seguindo um pensamento retardado, cheguei a conclusão que borges era o melhor deles pelo fato de, até segunda ordem, não comer ninguém. =)

explico com mais propriedade em uma oportunidade de bar.

O Nome da Rosa disse...

O melhor deles era MACHADO, e ele comia alguém rs

O Nome da Rosa disse...

Mas curiosidade, como vc chegou a essa conclusão sobre Borges?

Segundo Borges, ele era bom pq escrevia no século XX, se fosse um escritor do XIX, seria apenas mais um.

Anônimo disse...

então.
partindo da idéia do grande tema romanesco argentino: a perda da mulher amada.

vou resumir toscamente: homem+mulher em tempo antigo, religioso, remete à possibilidade de ascensão ao tempo primordial+sagrado+da criação do mundo+eterno, ou seja, à realidade absoluta.

quando o homem perde a mulher (horácio perde maga, ex.), já num tempo profano, não-religioso, ele é obrigado a tentar ascender por conta própria à realidade absoluta, ou seja, está fadado ao fracasso: um ulisses sem penélope para voltar (no caso de horácio, ele até volta pra ítaca [buenos aires], mas né? maga puft): é a marca do novo tempo. o grande tema do romance argentino seria, nesse caso, uma "odisséia moderna do homem dilacerado", uma tentiva de retorno à realidade absoluta.

porque, moderno mesmo, viria a ser o borges, que enxergaria além disso. o tempo mudou, não seria mais possível o retorno sob nenhum modo: é a dilaceração (?) do homem dilacerado. daí não escrever romance, mas conto; daí buscar representar nos contos o caos humano, viável pela sua grande erudição, gerada pela falta de quê? duma mulher =)

moral: o amor não salva, nem salvará mais, e borges nos mostrou isso.

O Nome da Rosa disse...

EitA!

Há quem diga que Borges é até pós-moderno e preveu não sei quantas coisas.
Concordo com vc no que ser refere a ele estar além dos escritores argentinos por escrever contos e não romances, mas não sei se isso é relacionado à cegueira dele, à poesia, a subversão à idéia de linearidade que o romance traz ou nenhuma dessas coisas ou tudo junto.

Mas acho que a maneira caótica como escrevia, apesar de ter uma forma moderna, de acordo com os escritores contemporãneos como Kafka, Proust ou até mesmo W. Benjamin, tem referência em um tipo de narrativa pré-moderna. E ele tenta o tempo inteiro suprimir a idéia de tempo dos seus contos, ou seja, se fazer eterno.

Mas Cortázar, como um bom discípulo, tb fazia isso, mesmo escrevendo romances.

Agora, não acho que Borges fizesse isso por enxergar além de Cortázar. Acho que pelo contrário, Cortázar tinha mais consciência da dilaceração do "eu" na modernidade do que Borges, principalmente porque tratava de temas imanentes. O próprio Borges dizia, que ele era um homem do XIX.

Mas interessante levantar esta hipotese que serve pra entender o porquê de Kafka ou Lima Barreto tb se manterem castos e/ou escolherem entre ter uma vida mundana ou se dedicarem à literatura. [Como se uma coisa excluísse a outra].

Sobre essa comparação com Ulisses: como foi a versão de Joyce?

Anônimo disse...

então.

Anônimo disse...

e agora o que será da ilha com fidel aposentado?

Anônimo disse...

terá esse texto tirado também a vida do blog?

Anônimo disse...

não posso crer numa literatura que ainda se pretenda ficção; se utilizar de travessões, parágrafos e pontuações para construir irrealidades, ou pior, descrever costumes e psicologias, fixar uma época.